Desde o dia em que tu nasceste, eu criei a ilusão dentro de mim, que poderia caminhar por ti.
Imaginei que colocaria teus pés sobre os meus e te levaria pelos caminhos que eu julgasse mais tranquilos e seguros.
Dessa maneira, tu nunca feririas teus pés pisando em espinhos ou em cacos de vidro e jamais te cansarias da caminhada. Nem mesmo precisarias decidir qual estrada tomar. Isso seria eternamente minha responsabilidade.
Teus pés cresceram e eu já não conseguia mais equilibrá-los em cima dos meus e, quando eu menos esperava, eles escorregaram e alcançaram o solo.
Hoje sou obrigado a vê-los trilhar caminhos nos quais os meus jamais os levariam e ainda tento detê-los insistentemente, mas só consigo raríssimas vezes.
Agora só me é permitido correr com os meus junto aos teus e, em certos momentos, teus passos são tão largos que quase não posso acompanhá-los.
Atualmente assisto aos teus tropeços sempre pronto a levantar-te das tuas quedas.
Por vezes, tu me estendes as mãos em busca de socorro.
Outras, mesmo estando estirado ao chão e ferido, insistes em levantares sozinho para me provar que já és capaz de te erguer, após teus tombos e curares as próprias feridas.
Assim vamos vivendo e sinto uma saudade imensurável daquele tempo que precisavas de mim para te conduzir, pois era bem mais fácil suportar teu peso sobre meus pés do que sobre o meu coração.
No entanto, já consigo compreender como a vida é sábia.
Percebo, finalmente, que em algum momento tu precisarias mesmo desbravar teus caminhos independente de mim.
Como eu, é provável que tenhas que fazê-lo com mais alguns pés sobre os teus, os dos teus filhos.
Claro que não é uma tarefa fácil. Mas se eu consegui, tu também conseguirás porque plantei em teu coração o melhor e mais poderoso aditivo para que suportes tanto peso: o amor.
Os filhos são, sem dúvida, um empréstimo Divino.
Com eles aprendemos a lição maior do amor incondicional. Tornamos-nos habilidosos em corrigir nossos piores defeitos e multiplicar os melhores sentimentos.
Se hoje eles estão ao nosso lado, façamos por eles o melhor que pudermos, pois, com certeza, logo chegará o tempo em que eles não mais estarão tão próximos.
Quando pequenos, toda a felicidade deles depende dos pais e é realmente doloroso o momento em que constatamos que haverá o tempo em que não mais precisaremos carregá-los e nem guiar os seus passos.
Então preparemos o seu caminho.
Através do amor, ofereçamos a eles toda a bagagem necessária para que possam seguir em frente com força e segurança.
Que eles carreguem a certeza de que, mesmo estando fisicamente distantes, estaremos sempre ao seu lado.
Redação do Momento Espírita com base em mensagem de autoria desconhecida.
(original com alteração formatado por mim, especialmente para o tema)
Momento Espírita
(original com alteração formatado por mim, especialmente para o tema)
Momento Espírita
Dei uma olhada no blog, interessante. Gostei dos teus posts, a leveza...
ResponderExcluirOlha o MiniPod, não tá funcionando.
Bom que tenha gostado, obrigada. Na verdade iniciei este modesto blog como uma pausa na lida do dia a dia, além da necessidade de expressar minhas idéias e sentimentos, optando pelas coisas mais agradáveis da vida. Quanto ao radiozinho do blog, aqui está funcionando. Talvez, seja um problema no seu browser.
ExcluirAbraços