Seu aniversário é comemorado por quase todo o mundo. Em torno d’Ele, da Sua figura, as pessoas se reúnem e até discutem.
Discutem a respeito da Sua existência, do que fez, do que disse. Ele não escreveu nada, além de algumas palavras na areia, quando Lhe trouxeram uma mulher para ser julgada.
Contudo, a respeito d’Ele se escreveram milhares de obras. Sua fama correu o mundo. Sem dispor de títulos honoríficos ou diplomas universitários, o que disse constitui sabedoria e os que pautam a sua vida nas palavras d’Ele, encontram felicidade.
Escolheu colaboradores a dedo, entre pessoas simples, mas de boa formação e a eles chamou amigos, cultivando a amizade.
A Sua vida pública foi curta, quase três anos, mas muito polêmica. Ele falou a respeito de tudo, dizendo o que era certo, alertando para os erros, convidando as pessoas a pensarem a respeito do que viam, ouviam, não se permitindo simplesmente serem conduzidas como cegos sem direção.
A Sua tônica era o bom senso. Dócil, sabia utilizar a energia quando se fazia necessário. Amorável, distribuía amor aos que O buscavam.
Sempre esteve com o povo, ao lado do povo e Seu verbo era especial para cada um.
A pescadores, sabia falar de peixes e redes. Aos pastores, discursava sobre ovelhas, redil e a qualidade de bom pastor. Com as mulheres do povo, falava a respeito do fermento que leveda a massa, da preocupação que deveriam ter com seus filhos, com seu futuro.
A todos convidava a agir no bem, como receita de felicidade. Ensinava desprendimento, lecionando que a casa do Pai é de todos os filhos. E a casa do Pai é imensa. É o Universo.
Abraçou crianças e as tomou em Seu regaço. Deteve-Se a falar a um moço bom que se sentia insatisfeito e buscava algo mais para sua vida. Convidou-o a segui-LO.
Esclareceu o Doutor da lei que O procurou na calada da noite, para dissipar suas dúvidas e descerrou a ele e ao futuro, a revelação da vida que nunca morre, que se repete em tantas oportunidades até que o Espírito alcance a perfeição.
Comparou-Se ao pastor que conhece as Suas ovelhas e as protege. Comparou-Se ao amigo que dá a sua pela vida dos seus amigos. Aceitou para Si somente o título de Mestre.
Não permitiu que O chamassem bom, pois esta denominação é exclusiva do Pai, o Senhor do Universo.
Sempre respeitou as leis dos homens, mesmo que pudessem parecer tolas ou injustas. Pagou imposto no templo, exigência dos sacerdotes do Seu tempo.
Exortou para que se pagasse o imposto a César, exigência do mundo das coisas transitórias.
Sensível, entendeu a dor da viúva da cidade de Naim e porque descobrisse que o filho era portador de letargia, o convidou ao retorno à vida.
Em casa de Jairo, tocou-Lhe a filha que parecia morta e a devolveu ao regaço dos pais.
A Sua trajetória foi toda de luz. Nada exigia para Si, embora fosse a luz do mundo.
Dizia não ter de Seu sequer uma pedra para repousar a cabeça. Confiante, ensinava que o Pai Celeste que atendia as pequeninas aves, que não semeavam e nem colhiam, igualmente atenderia às necessidades de todos os Seus filhos.
Esteta, soube declamar poemas sobre a beleza da paisagem, enquanto ensinava que o homem é muito mais do que a erva do campo, que hoje é e amanhã é lançada ao fogo.
Que Deus, o Pai de amor, vestia os lírios do campo e assim também providenciaria o necessário para os Seus filhos, mais valiosos que as flores que emurchecem.
Ensinou que ninguém temesse a morte, porque todos são imortais e realizou a passagem desta para a vida espiritual, em oração: Pai, em Tuas mãos entrego Meu Espírito.
Retornou, glorioso, atestando a Imortalidade e, mostrando-Se aos Seus, permitiu que ouvissem Sua doce voz, outra vez a falar de paz e a afirmar: Tende bom ânimo. Eu venci o mundo.
Seu nome é Jesus. O filho de José e Maria. O filho de Deus, nosso Irmão e Mestre.
Redação do Momento Espírita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário